segunda-feira, 6 de julho de 2009

O caos e o devir



Essa semana, preparando os teares para a Oficina de Fiação e Tecelagem com ênfase terapêutica, tive um insight.

Na sala de estar, dezoito teares montados e préviamente urdidos deixavam a casa de pernas para o ar.

Em meio aquela cena caótica, a imagem do devir.

Em cada tear um novo tecido seria confecionado.

Isso me fez lembrar um texto de Luis Carlos Lisboa, do antigo programa da Mirna Grzich, Música da Nova Era.

Diz o texto:

Com nossas mãos, com as mãos do espírito e da vontade, do amor e do destino, tecemos devagar a verdade de cada dia e de cada momento.
O que parece que nos chega pronto, como uma surpresa da vida, é muitas vezes esse tecido que fiamos ao longo do tempo, esquecidos de que o fiamos.
De uma só vez e de algum modo milagroso, somos a um só tempo o tecelão e o usuário, que se encanta com as cores ou se surpreende com a aspereza desse tecido.

Luis Carlos Lisboa